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Cafeicultores mineiros lideram concurso – Prêmio Ernesto Illy

acc_3595Estão definidos os 40 cafeicultores finalistas do 26º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para Espresso. Os melhores grãos de café foram selecionados entre um total de 632 amostras, analisadas pela Comissão Julgadora, composta por diretores e classificadores da Experimental Agrícola do Brasil, braço da illycaffè no país.

A lista aponta que Minas Gerais segue sendo o estado com tradicional predominância no concurso. Teve representantes das regiões cafeeiras do Cerrado Mineiro, Matas de Minas, Chapada de Minas e Sul de Minas, além de um produtor de São Paulo. Os dois Estados têm concentrado os últimos campeões nacionais da premiação.

Especialistas da matriz da torrefadora, na Itália, estão no Brasil para integrar a equipe que selecionará os melhores cafés – entre eles, Anna Illy, diretora da empresa. Além dos campeões da categoria nacional, serão definidos também os vencedores das categorias regionais: Cerrado Mineiro, Sul de Minas, Chapada de Minas, Matas de Minas, Espírito Santo, Norte/Nordeste, Rio de Janeiro, São Paulo, Sul e Centro-Oeste.

Os três primeiros colocados nacionalmente receberão R$ 10 mil e uma viagem ao exterior para participar do 2º Prêmio Internacional Ernesto Illy, que reconhecerá os melhores cafés dos países fornecedores da empresa. Aos finalistas regionais, além de um montante em dinheiro, serão entregues diplomas. A cerimônia de premiação será realizada no dia 16 de março de 2017, em São Paulo.

fonte: Revista Espresso

Café Espresso com “s”. Porquê?

Em nosso mercado de cafés especiais e de alta qualidade, convencionou-se café espresso. É uma forma prática, talvez, de diferenciar o mercado de cafés comuns, enorme e popular, daquele outro mais sofisticado, que é onde nós da Coffee Master estamos inseridos.

1Espresso é uma palavra italiana que, em português, traduz-se como expresso. Foi na Itália que nasceu o café preparado dessa maneira, na hora, em uma máquina especial.

Isso não seria razão suficiente para importarmos também a grafia original. Quem defende o uso de “espresso” alega que a palavra portuguesa expresso provoca confusão, por dar a entender que o particípio irregular do verbo exprimir, onde nasceu esse adjetivo (e também substantivo), tem algo a ver com a mecânica do café expresso.

Acontece que, etimologicamente, tem mesmo, ainda que por vias meio tortas. Expresso é uma tradução literal possível de espresso e compartilha com ele um antepassado distante: o latim exprimere, que significava tanto “apertar com força, extrair” quanto “pronunciar, enunciar claramente”.

A história se complica um pouco porque dessa matriz latina o português tirou dois verbos distintos: espremer (no século XIV) e exprimir (no XV). Embora, como explica o Trésor de la Langue Française no verbete express, nunca tenha ficado estabelecido acima de qualquer dúvida se o espresso italiano nasceu com o sentido de “espremido, feito sob pressão” ou por analogia com a acepção (anglófila) do trem expresso, isto é, “rápido, direto ao ponto”, a grafia com xis tem sido adotada em francês e também aqui (em inglês, escreve-se espresso, à italiana).

Além de “enunciado de forma clara ou categórica”, expresso tem alguns outros sentidos consagrados que caem bem neste caso, como informa o Houaiss: “que é enviado rapidamente, sem delongas” (correspondência); “que vai do ponto de partida ao ponto de chegada sem parar” (trem). É nessa linhagem semântica que o mesmo dicionário passou recentemente – com atraso em relação ao Dicionário de Usos de Francisco S. Borba, mas à frente de boa parte dos concorrentes, que ainda ignoram tal acepção – a registrar o café “que é preparado, no momento em que o freguês o pede, numa máquina especial”.

Pedir um café na Itália (un caffè), assim como em vários países da Europa, é entendido como pedir um espresso.

Em Portugal, quando se pede um café é-se servido com um café espresso, termo que não é usado correntemente. Em Lisboa, o termo tradicional para designar o espresso é bica, um acrônimo que 4significa “Beber Isto Com Açúcar”. O café espresso quando começou a ser comercializado em Lisboa, no café “A Brasileira”, não agradou aos lisboetas, pelo que foi criado o slogan. O termo teve tanto sucesso que acabou por ficar até aos nosso dias. Por outro lado, no Porto é costume pedir um cimbalino, como referência a La Cimbali, uma popular marca de máquinas de fazer espressos.

Para nós da Coffee Master, a adoção do espresso com “s” nos parece, portanto, adequada e prática.

Sds,
Equipe Coffe Master

fonte: diversos artigos da internet, mercado brasileiro de cafés especiais.